|  O elefante é para a terra aquilo que a baleia é para o mar: o maior bicho conhecido.Por que a baleia é  maior quê o elefante? Porque na água qualquer bicho perde muito peso.  Se a baleia tivesse de viver em terra firme, mesmo  dotada de pernas tão fortes quanto as do elefante, teria muita dificuldade  em mover-se. Seu peso fora da água é muito grande. Os elefantes são bichos cujo tamanho está  próximo ao máximo que um animal terrestre pode possuir. Quando se  fala dos grandes dinossauros do passado, em geral não se diz que eram animais  que passavam sua vida mergulhados em lagos e pântanos, isto é, na  água. Monstros maiores que o elefante, exclusivamente terrestres, eram  raros. Reuniões de elefantes são íntimasUma reunião de uma família  de elefantes é um ritual barulhento, com barridos, roncos, agitação  de orelhas e afagos mútuos com as trombas. Mas em geral a separação é breve e, quando os elefantes se reúnem novamente, as saudações resumem-se em apenas alguns roncos. Se a separação for longa há uma cerimônia completa de boas-vindas. | 
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|  Ao lado um elefantinho nascendo. O parto da aloá é sempre acompanhado  pelas outras aloás, que a auxiliam e ao bebê elefante. | 
|  NascimentoA hora do parto. Depois úe quase dois anos no útero  materno, o filhote de elefante nasce.  A mãe ou suas companheiras "parteiras"  removem delicadamente a bolsa fetal e colocam o elefantínho de pé.   Ele é dirigido para as tetas da mãe,  onde bebe sua primeira dose de leite, utilizando sua boca e não a tromba. | 
|  Maior de todos os mamíferos  terrestres, o elefante também é o mamífero com o maior período  de gestação — 22 meses.  O dramático nascimento de um filhote de  115kg é geralmente assistido por uma ou duas outras fêmeas da manada,  geralmente as irmãs mais velhas, que agem como "parteiras" e  companhia para a mãe durante o parto.  O papel principal dessas auxiliares é  proteger a mãe de um ataque de leões, mas elas já foram vistas  ajudando a saída do feto, puxando-o delicadamente com a tromba.  Com frequência, é uma das parteiras  que põe o filhote de pé e ajuda-o a livra-se da membrana fetal.  Mas essa não é a contribuição mais importante das  parteiras.  Talvez sua função principal seja  confortar a mãe no momento cansativo do parto. Durante o nascimento, que  leva cerca de 15 minutos, as ajudantes delicadamente acariciam a mãe com  as trombas. Quando a fêmea está prestes a dar  à luz, ela e as irmãs ou outras companheiras afastam-se da manada,  buscando a privacidade de um grupo de árvores ou mata próxima da  água. Quando retornam à manada, uma ou duas horas depois, o filhote  já vem cambaleando entre elas, que o apoiam e protegem. Essas parteiras  também têm o papel de limpá-los das membranas fetais. Para dar à luz, a mãe sustenta-se  nas quatro patas e o filhote cai de cabeça no chão. A queda rompe  o cordão umbilical, que supriu o feto de nutrientes oriundos da corrente  sanguínea da mãe, e fez a retirada dos resíduos ao longo  de seu desenvolvimento. O elefantinho será amamentado pelos próximos  três anos, ou mais. | 
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|  Cumprimento familiarMesmo após poucas horas de ausência,  elefantes de um mesmo grupo cumprimentam-se com roncos carinhosos.  Após vários dias de separação,  os encontros são barulhentos e exaltados, com barridos, afagos e agitação  de orelhas. | 
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|  Elefantes protegem os mais fracosOs elefantes africanos machos adultos levam uma  vida solitária; sua sociedade gira em torno das fêmeas, que vivem  em grupos permanentes compostos de elementos aparentados e seus filhotes.  Essas pequenas manadas representam uma frente  fantástica contra a maioria das ameaças.  | 
|  O mero tamanho dos elefantes adultos torna-os  praticamente invulneráveis aos ataques de leões  e outros carnívoros grandes, a não  ser que estejam velhos ou doentes. Apenas os filhotes correm perigo e, mesmo assim,  os leões só conseguem matar um elefante  jovem saudável se conseguir separá-lo do grupo principal. Diante do perigo, os elefantes formam um semicírculo  defensivo, onde os filhotes ficam bem protegidos entre as fêmeas adultas.  Mas, às vezes, eles atacam furiosamente assim que vêem ou sentem  cheiro de um leão. Nessas ocasiões, um único  elefante é capaz de perseguir vários leões,  matando qualquer filhote que não tenha conseguido escapar.  Os baleeiros do século passado contavam  muitas histórias sobre as presas que se ajudavam nas horas de perigo. Por  exemplo, como os cachalotes, antes de tentarem fugir,  cortavam as amarras daqueles que já haviam sido arpoados. Ou como líderes  sacrificavam-se para que o resto do grupo fugisse. | 
|  Um grupo de elefantes irá quase sempre  parar para examinar e tocar a carcaça de um elefante morto, retirando e  transportando ossos e presas até os arbustos, ou apenas movendo-os com  suas presas.  Eles dão muita importância aos ossos  em volta da boca, talvez porque sejam a parte mais usada para fazer saudações  durante a vida, e às presas, que pouco mudam com a morte. | 
|  Se um filhote de elefante está doente  ou machucado, a família se junta para protegê-lo. | 
|  Uma mãe pode ficar com seu filhote morto  por algum tempo, afugentando predadores e, até mesmo, carregando o corpo  em suas pressas. | 
|  TestosteronaOs elefantes adultos machos da África  e da índia geralmente vivem sozinhos ou em pequenos grupos, porém  longe das fêmeas.  Os machos jovens disputam o domínio que,  depois de estabelecido, permanece ao longo da vida. Durante dois ou três meses ao ano, o adulto  macho torna-se extremamente agressivo e desenvolve uma secreção  nas glândulas das têmporas, à medida que a testosterona (hormônio  masculino) aumenta no seu sangue.  Este estágio é conhecido por musa,  e foi percebido pela primeira vez nos elefantes indianos (essa palavra origina-se  de "bêbado", em urdu).  O ruído que o macho emite durante esse  cio é um dos sons mais altos produzido pelos elefantes e anuncia seu estado  sexual para as fêmeas e avisa aos outros machos para se afastarem. O macho no cio pode subir na hierarquia e vencer  competições com outros machos que normalmente o dominariam.  Mas, no final do cio, eles perdem completamente  a energia e a força e necessitam de tempo para recuperá-las. | 
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|  Aprendendo a tomar águaAlguns animais simplesmente não foram  feitos para beber água. O elefante supera esse problema sugando a água  com a tromba e espirrando-a dentro da boca.  A tromba cheia de um elefante adulto comporta  mais de quatro litros e meio de água e ele precisa beber de 85 a 110 litros  por dia. Os elefantes bebês, até aprenderem a dominar essa técnica,  lambem a água desajeitadamente com a língua. Um filhote de elefante de três anos leva  a tromba cheia d'água à boca; um ano antes, ele não teria  conseguido fazer isso. | 
|  Sais mineraisEmbora os animais obtenham toda a sua energia  dos alimentos que ingerem, ainda assim podem ter carência de vitaminas e  minerais, que precisam ser procurados em outros lugares.  Para alguns elefantes da África, as cinzas  vulcânicas fornecem os sais que são um complemento alimentar essencial. Esses elefantes habitam uma região  montanhosa na fronteira do Quenia com a Uganda, onde as chuvas fortes lavam os  minerais do solo.   | 
|  Para balancear sua dieta eles vão às  cavernas do monte Elgon que no passado foi um vulcão ativo, onde existem  rochas ricas em minerais formadas por cinzas e fragmentos de rochas vulcânicas.   Dentro da caverna (como na foto acima) eles farejam  o ar para detectar os locais onde encontrarão uma boa quantidade de sais  minerais.  Com suas presas, retiram pedaços da parede  e os mastigam lentamente. Dizem as más linguas que o elefante é  o único animal com 4 joelhos, mas isto não deve ser verdade....rs | 
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|  Você talvez já tenha visto um elefante  no circo, orelhas e presas pequenas, às vezes sem elas, um bicho pardo  e pacato.  Não se engane. Elefante de circo é indiano, mais fácil de domesticar. O elefante africano é cinzento, feroz (só o homem o caça) e maior em tudo, principalmente nas orelhas. Mede uns 4 metros de altura e pesa umas 6 toneladas. As presas (em média, de 1 metro) chegam a medir 3 metros e a pesar uns 100 quilos cada. Ferido ou ameaçado, em pânico  ou meramente com sede, o elefante é uma das mais perigosas feras do mundo.  A tromba, as presas e as patas descomunais vão abrindo uma trilha de catástrofe.  Atrás de si, por onde passou, o elefante deixa destroços de árvores,  cadáveres de bichos e de gente, terror e devastação. Banho de lamaA coceira persistente de carrapatos e numerosos  outros parasites mantém o elefante sempre ocupado: esfrega-secontra as  árvores, passa galhos ásperos no dorso, ou cobre de poeira as partes  que alcança, para não ser picado. A ducha refrescante alivia o calor e, ao mesmo  tempo, suaviza o incomodo das picadas de insetos (a pele é grossa, mas  a camada superior é muito sensível). Depois do banho, o elefante  rola no barro que, ao secar, dará alguma proteção contra  parasitas. | 
|  Um jato de água indica ao rinoceronte  que o elefante não aceita a presença de estranhos em seu bebedouro.   Embora costume reagir irritado contra qualquer  provocação, neste caso o rinoceronte cede terreno. | 
|  Os antepassados do elefante não tinham  tromba. Tinham apenas um focinho comum, talvez bastante móvel, como o do  porco ou o do tapir. Ao longo de milhões de anos esse focinho foi ficando  maior e sua mobilidade aumentando, até que os elefantes adquiriram aquele  órgão flexível e fortíssimo que, além de nariz,  serve-lhes também de mão: a tromba. Com ele tanto podem erguer grandes  pesos e derrubar árvores, como apanhar uma frutinha "no chão  ou arrancar um capim. O "serviço pesado" fica a cargo dos fortes  músculos da tromba. Os serviços delicados são executados  com sua ponta, que tem tanta sensibilidade tátil quanto as pontas de nossos  dedos. A tromba é para o elefante o mesmo que o rabo para o macaco, que o usa como "quinto braço", com o qual se agarra aos galhos das árvores. Ambas - cauda e tromba - são órgãos preênseis (isto é, servem para prender e segurar), mas desenvolveram-se do aperfeiçoamento de órgãos diferentes, um a partir do focinho, outro a partir do rabo. Para alcançar as folhas mais altas, o elefante equilibra-se sobre as patas traseiras. Ou, então, encosta a cabeçorra na árvore e a derruba com empurrões. | 
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