lunes, 11 de abril de 2011

AHistoria Do Mundo.

A história do mundo ou história da humanidade são os registros dos feitos do homo sapiens na Terra desde que passou a ter a capacidade necessária para efetuar tais registros através da escrita. Este momento é tomado como o marco da divisão entre a história e a pré-história, período este no qual os homens já existiam porém eram ainda incapazes de manter tais registros dos acontecimentos.
Este período conhecido como história já se estende por aproximadamente mais de quatro mil anos. A história do mundo nos relata descobertas, invenções e os grandes feitos da humanidade. Também estão registrados os costumes de cada época em cada localidade bem como a mudança destes através de revoluções, guerras e catástrofes. Relata também a expansão do conhecimento humano sobre mundo que o cerca e o avanço tecnológico que deste modo foi possível.

Índice

Origem da humanidade

Os seres humanos apareceram na Terra há mais de 400 mil anos durante o período Paleolítico. O paleolítico traz um longo período de evolução. Na época, a Terra estava em uma era glacial, com um clima muito mais frio que na atualidade.
Migrações humanas em todo o globo (os números indicam os milênios antes da nossa era).
Os antepassados dos humanos, como o Homo erectus haviam usado ferramentas simples durante milênios, porém, nesta época, as ferramentas melhoraram, fizeram ferramentas mais precisas e complexas. Em algum momento, os humanos começaram a usar o fogo para se aquecer e cozinhar. Também desenvolveram a linguagem, assim como os ritos funerários. Neste período, todos os humanos viviam da caça e da coleta de frutos, sendo nômades; o elemento chave é que não produziam seu próprio sustento.
Há uns 50.000 anos, os seres humanos lançaram-se à conquista do planeta em diferentes rumos desde África. Um rumo alcançou a Austrália. A outra chegou a Ásia Central, para logo se dividir em dois, uma a Europa, e a outra caminhou até cruzar o Estreito de Bering e chegou a América. As últimas áreas a ser colonizadas foram as ilhas da Polinésia, durante o primeiro milênio d.C..
Os criacionistas mais literáricos discutem este esquema, baseados nos primeiros capítulos do Gênesis, pois a evidência científica não só colabora contundentemente a origem do homem na África e sua expansão gradual sobre o globo, mas que chegaram a determinar que o relato do Gênesis é uma adaptação de antigas lendas mesopotâmicas coletadas desde a Epopeia de Gilgamesh, e portanto, dificilmente poderia ter conteúdo divino

 Surgimento da civilização

Desenho de um arado puxado por boi encontrado no Egito.
A vida dos homens estava passando por muitas transformações no momento em que ocorre o surgimento da escrita em diversas partes do planeta. A Revolução Agrícola no período Neolítico fazia o homem trocar a vida nômade baseada na caça, na pesca e na coleta pela vida sedentária, ou seja, com residência fixa.
Isso se tornou possível através do desenvolvimento da agricultura e da domesticação dos animais que traziam o alimento necessário para perto da habitação dos homens. As técnicas agrícolas não pararam de se desenvolver levando ao surgimento de técnicas como a irrigação e ferramentas como o arado puxado por animais.
Os homens passam a então se agrupar em terras férteis, propícias a agricultura. Destes agrupamentos surgem vilarejos que seriam os embriões de sociedades mais estruturadas e complexas que iriam se formar: civilizações. A tecnologia avançava e as ferramentas de pedra polida eram substituídas pelos metais maleáveis como o cobre, o estanho, o bronze e posteriormente metais rígidos o ferro no que é chamado de Idade dos Metais.
É nesse cenário que surge a escrita e as primeiras civilizações. Formam-se governos criando os Estados, criam-se relações de troca que dariam origem aos mercados e a possibilidade de impor a força através de exércitos.
Disco celeste de Nebra.

Revolução agrícola

Com o descobrimento da agricultura e a da criação de animais, o ser humano começa a cultivar diversos cereais como o arroz, o trigo e o milho, os tubérculos como a batata, em diversas regiões do globo entre o sexto e o quinto milênio a.C.. Assim, deixa de depender da caça, a pesca e a coletação de frutos, se transforma em autosuficiente, e ele adota um modo de vida sedentário (se bem algumas atividades como o pastoreio requereram a prática do nomadismo e do semi-nomandismo). No Japão encontramos um temporão desenvolvido da piscicultura. Também trocavam as práticas alimentícias: inventaram o pão, e também as bebidas alcólicas.
Ao haver crescido em isolamento as primeiras civilizações, as dietas próprias de cada uma foram diversas, em função de aqueles produtos vegetais e animais que existiram em seu entorno imediato. Assim, o porco, a galinha e o arroz foram próprios da dieta da China; o trigo, a vide, a vaca e a ovelha, foram próprios do Oriente Médio e o mundo mediterrâneo; e o milho, o tomate, a batata ou o tabaco foram próprios da América Précolombiana. No entanto, estas barreiras alimentícias foram caindo a medida que as distintas civilizações históricas foram entrando em contato umas com as outras e comercializando entre si. Desta maneira, as espéciarias (pimenta, noz moscada, etc) chegaram desde o Oriente a Europa graças ao comércio muçulmano durante a Idade Média, e distintos produtos americanos fizeram o próprio depois de que América e Europa entraram em contato durante o passar dos séculos XV a XVI.

Estrutura social

A medida que os assentamentos urbanos foram crescendo, a sociedade ficou cada vez mais complexa. Para os agricultores, surgiu uma classe social de mercadores, que logo enviaram expedições a terras estranhas e fundaram colônias para comercializar. Também se desenvolveu os templos religiosos, que baixaram suas responsabilidades a guia das distintas comunidades. Tempo mais tarde, surge o poder civil separado do poder religioso, comandado pelos reis seculares trabalhando em estreita relação com burocracias sacerdotais, às vezes, bastante extensas: por exemplo, o faraó e os escribas egípcios.
Um antigo barco usado nas expedições antigas (Galé).
Uma consequência de tudo isso, foi a invenção da escrita, em vários lugares do planeta ao mesmo tempo e de maneira independente, e que pela primeira vez, permitiu armazenar o conhecimento de maneira mais segura que pela tradição oral, ao mesmo tempo que permitiu desenvolver a burocracia governamental. As primeiras escrituras eram ideográficas, más logo evoluíram para sistemas fonéticos, tendo os fenícios os crédito de criar o antecedente do alfabeto moderno. Exemplos são os hieróglifos ou a escrita cuneiforme. No Império Inca, desenvolveu-se a engenhosa solução dos quipus. Em geral, a maioria dos povos da terra conhecem algum sistema de escrita ou de símbolos desenhados ou escritos em torno do ano 1000 da era cristã.
Ao mesmo tempo, o desenvolvimento na navegação levou às primeiras audácias expedições de exploração. Do Egito Antigo, partiram expedições para o país do Punt, e navegadores fenícios alcançaram a Inglaterra, e provavelmente deram a volta na África. Por sua parte, os polinésios empreenderam uma marcha lenta e implacável pelo Oceano Pacífico, colonizando lugares tão arejados como o Havaí ou a Ilha da Páscoa.
  • Artígos relacionados: Galé.

Metais

Um machado da Idade dos metais feito de ferro.
Já desde a Antiguidade, quase todas as grandes civilizações aprenderam a trabalhar os metais. O avanço dos trabalhos feitos a pedra aos metais, fez os instrumentos humanos ficarem mais versátios, significando uma grande revolução. Geralmente, a Idade dos Metais é dividida em três fases sucessivas: Idade do Cobre, Idade do Bronze e Idade do Ferro. Durante a primeira (Calcolítico) trabalhou-se o cobre de maneira pura. Durante a segunda, descobriu-se que a junção de cobre e estanho (bronze) era mais resistente, se bem o estanho era um metal escasso (os fenícios iam buscar o estanho nas Ilhas Britânicas). O manejo do ferro foi mais tardio, porque suas técnicas tiveram que ser perfeccionadas. As técnicas descobertas para o trabalhar o ferro foi a fundição, já que o ferro tem um ponto de ebulição mais alto.
As aplicações dos metais foram enormemente variada. Dispensou-se a pedra na elaboração dos machados para cortar árvores, e a madeira nas grades do arado. Também permitiram a elaboração de espadas para as guerras.
Também nesta época apareceu o uso dos metais preciosos, incluindo o ouro e a prata, como o material de ricos enxovais funerários de numerosas tumbas. Estes metais foram utilizados primeiramente para fazer ornatos, e como medida de riqueza depois, incluindo a acunhação de moedas (foram complementadas com o cobre, para a moeda fracionada). Trabalhou-se também com os artefatos de luxo, as chamadas pedras preciosas e pedras semi-preciosas.
Antigamente se pensava que os povos da Idade dos Metais eram pré-históricos, mas hoje em dia sabemos que muitos deles já eram altamente civilizados. Na Grécia, por exemplo, a Idade do Bronze coincide com os Reinos Micênicos, e no Oriente Médio, o poderio hitita explica-se em parte pelo monopólio do segredo da fundição do ferro, enquanto que seu inimigos usavam espadas de bronze, mais frágeis.

Cultura e religião

As primeiras manifestações religiosas surgiram em tempos do homem de Neanderthal. Eram cultos vinculados as práticas arcaicas. A primeira grande religião conhecida foi o culto da Grande Deusa Mãe, predominante na Eurásia até bem avançada a história da civilização. Andando o tempo, com o desenvolvimento da vida na sociedade, surgiram os cultos patriarcais. Também, a medida que as culturas e os ritos locais foram cruzando-se, surgiram mitologias complexas e ciclos épicos.
O desenvolvimento da escritura permitiu o surgimento da vida cultural. Assim, nasceu a literatura. As obras mais antigas conservadas são epopéias. Logo mais tarde, surge a literatura sapiencial. O estudo científico da história é mais tardio, e teve que esperar até os gregos como Heródoto ou Tucídides (século V a.C.) para que que separe-se definitivamente da tradição religiosa e literária.
A primeira grande revolução filosófica aconteceu no século VI a.C., época na que coincidiram, e provavelmente superam de suas respectivas doutrinas, as figuras de Pitágoras de Samos, Tales de Mileto, o Segundo Isaías, Zaratustra, Buda, Mahavira e Confúcio. Não são os primeiros em suas respectivas tradições, mas acenderam a um mundo mais "globalizado" que seus precendentes.
A ciência foi monopólio da classe alta, frequentemente dos sacerdotes, e o baixo povo não tinha acesso a ela. Neste tempo fizeram-se as primeiras observações astronômicas, desenvolveu-se a medicina, e a necessidade de medir a terra e chegar a contabilidade comercial e tributária levaram ao desenvolvimento da geometria e a aritmética. Os antigos gregos levaram incluso a desenvolver as bases da Álgebra.

 Crescente fértil

Mapa da localização da crescente fértil.
A crescente fértil é uma região localizada na Ásia e África, onde se desenvolveu as primeiras civilizações da história. Essa região é um bom lugar para práticas agrícolas. Algumas civilizações como: Antigo Egito, Hebreus, Fenícios, Mesopotâmicos, etc, se desenvolveram na crescente fértil. Os principais rios da crescente fértil são: o rio Eufrates, rio Tigre, rio Nilo, rio Jordão, etc. A cresecente fértil recebeu esse nome devido ao formato da região que se parece a lua crescente. a região cobre uma superfície de cerca de 400 000 a 500 000 km² e é povoada por 40 a 50 milhões de indivíduos. Ela estende-se das planícies aluviais do Nilo, continuando pela margem leste do Mediterrâneo, em torno do norte do Deserto Sírio e através da Península Arábica e da Mesopotâmia, até o Golfo Pérsico.

Formação dos impérios

Escrita cuneiforme.
As primeiras civilizações surgiram na região da Crescente Fértil e no vale do rio Indo, regiões propícias a agricultura. O desenvolvimento levou a formação de grandes cidades que iriam levar a formação dos Estados. Muitos destes Estados possuíam exércitos para demonstrar a sua força e um grupo de políticos para controlar os interesses.

 Mesopotâmia

A Mesopotâmia (o nome "Mesopotâmia" ajuda a entender o lugar. A palavra grega mesopotamia, em português, significa "entre rios") está situada entre os rios Eufrates e Tigre, no sudoeste da Ásia. Embora seus limites territoriais variassem em diferentes períodos de sua história, de modo geral a Mesopotâmia abrangia, na Antiguidade, o território do atual Iraque. Com raros obstáculos naturais, era uma região de fácil acesso por todos os lados. Isso nos ajuda a entender por que tantos povos a dominaram. As civilizações da Mesopotâmia desapareceram há quase 2,5 mil anos. Devido às sucessivas invasões, pelos povos persas, macedônios, árabes, mongóis, etc. a região foi perdendo vestígios de sua história. Suas cidades foram destruídas ou abandonadas e, com o passar do tempo, foram cobertas pela terra. Além disso, as línguas que lá eram faladas desapareceram. Assim, o mundo mesopotâmico foi esquecido. No século XIX, porém, pesquisadores europeus começaram a escavar a região. Desenterraram uma infinidade de objetos e monumentos que foram transferidos para museus na Europa. Analisando esses objetos, arqueólogos e historiadores tentaram entender as civilizações que viveram na Mesopotâmia. A região da Mesopotâmia era muito usada para irrigação de plantações. Os povos que viveram na região desenvolveram a matemática, astronomia, escrita, etc. A região foi habitada por diversos povos, de línguas e culturas diferentes: sumérios, babilônios, assírios e outros.

 Sumérios

Estátua de Gudéia, governador de Lagash, uma das mais belas peças da escultura sumeriana e de toda a arte mesopotâmica (Museu do Louvre, Paris).
O primeiro povo a criar uma vida urbanizada na Mesopotâmia foram os sumérios. Eles colonizaram os pantanais do Baixo Eufrates que, somando-se ao Tigre, deságua no golfo Pérsico. A origem desse povo é praticamente desconhecida. Sua língua não se assemelha a qualquer outra já conhecida. Um pouco antes do IV milênio a.C., os sumérios chegaram à Mesopotâmia, e, nos mil anos seguintes fundaram cidades e desenvolveram sua escrita cuneiforme, gravada em tabuletas de barro. Eles desapareceram há 4 mil anos.

Acadianos

Região conquistada pelos ácades, liderados por Sargão.
Ao norte da Suméria havia uma cidade semita chamada Akkad (Ácade). Por volta de 2400 a.C., os ácades, liderados por Sargão o Grande, o rei guerreiro, consquistaram as cidades sumérias. Os reis acadianos foram os primeiros a manifestar a ambição de governar o que consideravam ser a terra inteira. Por isso Sargão ficou conhecido como o "soberano dos quatro cantos do mundo". Os acadianos construíram um império que se estendia do golfo Pérsico ao mar Mediterrâneo. Por volta de 2100 a.C., o Império Ácade desmoronou. Invasões conjugadas a disputas internas provocaram sua queda. Após um período de prolongados conflitos, por volta do século XVIII a.C., o rei da Babilônia, Hamurabi, realizou uma série de conquistas criando, na região, o Primeiro Império Babilônico.

 Babilônios

Soldados americanos em frente da reconstrução das ruinas da Babilônia (2003).
O Império Babilônico submeteu os sumérios, os acádios e os assírios. Para governar povos tão diferentes, Hamurabi organizou o primeiro código escrito de leis de que se tem notícia, o Código de Hamurabi. O Código defendia basicamente a vida e o direito de propriedade; mas também contemplava a honra, a dignidade e a família. Fundamentava-se sobretudo na Lei do talião "olho por olho, dente por dente". Previa, portanto, que para se punir os crimes, deveriam ser aplicados castigos como o afogamento, a amputação da língua e de outras partes do corpo, por exemplo.
A Torre de Babel, por Pieter Brueghel.
A prosperidade econômica gerada pelas conquistas ajudou a transformar a cidade da Babilônia num dos grandes centros da Antiguidade. Muitos monumentos foram erguidos. O mais famoso deles é o zigurate de Babel, que aparece na Bíblia como a Torre de Babel. Apesar da riqueza desse período, ondas invasoras de hititas e cassitas, revoltas internas e a morte de Hamurabi acabaram favorecendo o colapso do Império Babilônico e sua fragmentação.
A região voltaria a ser dividida entre o sul e o norte, depois que os reis cassitas, procedentes dos montes Zagros, a leste da Mesopotâmia, derrubaram a dinastia de Hamurabi. Os cassitas mantiveram a cultura e as tradições babilônicas, mas transformaram o reino com uma ampla reestruturação administrativa. A dinastia cassita governou até cerca de 1430 a.C., e seu domínio foi marcado por uma significativa produção de textos. Após o período da dinastia cassita, a Babilônia perdeu sua influência política, ao mesmo tempo que o poderio dos assírios crescia consideravelmente.

Assírios

O Império assírio em 824 a.C. (verde escuro) e 671 a.C. (verde claro).
Um touro alado assírio.
Os assírios surgiram por volta de 1800 a.C.. Entre 883 a.C. e 612 a.C., consquistaram um vasto império. Eram guerreiros, impondo o domínio pelo terror: saqueavam, destruiam e massacravam os vencidos. Os assírios foram os primeiros povos a ter um exército organizado, os jovens eram obrigados a participar do exército e de guerras. O auge do império assírio foi durante o reinado de Sargão II, Senaqueribe e Assurbanipal. A principal capital do império assírio era a cidade de Assur. Em 612 a.C., os Medos tomaram as cidades de Assur e Nínive, tormando assim, o fim do império assírio.

 Caldeus

Representação dos jardins suspensos da Babilónia, como imaginados por Martin Heemskerck.
Os caudeus também são chamados de: "o segundo Império Babilônio". Após a derrota assíria, a Babilônia voltou a ser a cidade mais importante da Mesopotâmia. O Império seria novamente reconstituído e viveria um novo apogeu sob o governo de Nabucodonosor (século VI a.C.). Durante seu reinado (604-562 a.C.), Nabucodonosor empreedeu várias campanhas militares que lhe renderam muita riqueza. Uma sublevação do reino de Judá obrigou-o a manter uma guerra que durou de 598 a 587 a.C., ano em que destruiu Jerusalém e deportou milhares de judeus (o "cativeiro da Babilônia", mencionado no Antigo Testamento). As riquezas provenientes da expansão territorial permitiam a realização de obras grandiosas como templos, jardins suspensos e grandes palácios. Foram os caldeus que criaram os Jardins Suspensos da Babilônia, no século VI a.C.. Com a morte do imperador, as lutas internas enfraqueceram a região, que acabou ocupada pelos persas em 539 a.C..

Egito Antigo

Na África, a civilização egípcia desenvolveu-se no fértil vale do rio Nilo. Inundado anualmente, durante a cheia, o Nilo depositava uma camada de húmus sobre a terra, que, cultivada, proporcionava colheitas abundantes. Por meio da construção de diques e barragens, o trabalho humano modificou o traçado do rio e melhorou as plantações. A agricultura gerava grãos duros e resistentes como o trigo e a cevada, que, mantidos secos em armazéns, alimentavam contingentes populacionais cada vez maiores.
Pirâmides do Egito.
As navegações a remo e a vela eram aperfeiçoadas continuamente. Para se ir ao norte bastava seguir a corrente do rio. Em sentido contrário era suficiente aproveitar os ventos que sopram constantemente do mar Mediterrâneo em direção ao sul. À medida que as concentrações humanas aumentavam, algumas das vilas que haviam se formado nas margens do rio Nilo tornavam-se comunidades locais e regionais conhecidas como nomos.
Máscara funerária de Tutankhamon. Museu Egípcio do Cairo.
Ao longo do tempo os nomos foram se associando. Nasceram assim duas federações, uma ao norte e outra ao sul, e seus chefes foram elevados à dignidade real. Alguns arqueólogos levantam a hipótesede que tal elite teria assumido o poder por conhecer como ocorriam determinados fenômenos naturais (relacionando os períodos de cheias do rio com mudanças nas estrelas, por exemplo).
Em 3200 a.C. a federação de nomos do sul (Alto Egito), liderada por Menés (ou Narmer), marchou até o norte (Baixo Egito) tomando Mênfis, uma de suas principais cidades. Foi estabelecido um novo governo unificado com o poder centralizado nas mãos de um único soberano - o faraó Menés.

 Sociedade egípcia

Desenho egípcio de um faraó.
Abaixo do faraó encontrava-se a nobreza composta pela família real, pelos altos funcionários, e pela casta dos sacerdotes, que detinham muito poder e tinha influência com o faraó. Os sacerdotes administravam todos os bens que os fiéis e o próprio Estado ofereciam aos deuses. As funções da nobreza eram hereditárias, ou seja, passavam de pai para filho. Abaixo da nobreza, estavam os numerosos escribas, funcionários modestos, inúmeros sacerdotes de pequenos templos, oficiais militares, artistas e artesãos especializados a serviço do faraó ou da corte. E, finalmente, sustentando as outras camadas, na base da pirâmide, estavam os trabalhadores, que prestavam serviços sobretudo nas pedreiras, minas, pirâmides, oficinas astesanais, agricultura, etc.

 Religião egípcia

Representação egípcia do deus Anúbis.
Após a morte, a alma seria conduzida pelo deus Anúbis até o Tribunal de Osíris. Levaria consigo o Livro dos mortos, redigido pelos escribas e que testemunhava suas virtudes, e seria julgada pelo deus Osíris na presença de 42 deuses. Seu coração seria colocado num dos pratos de uma balança e deveria pesar menos que a pena que se encontrava em outro prato. Se fosse absolvida, a alma retornaria para encontrar o corpo. Para isso se faziam inscrições nas parede dos túmulos. Mas se fosse condenada, a alma seria devorada por uma deusa com a cabeça de crocodilo.
Os egípcios adoravam muitos deuses, por isso eram politeístas. Alguns representavam o poder da natureza, como o Sol, a Terra e a Lua; outros representavam idéias, como a verdade e a justiça; e outros ainda misturavam a forma humana e animal. Estes eram deuses antopozoomórficos.
De todos os deuses cultuados, o deus solar , depois chamado de Amon-Rá, era o mais importante, e Osíris era o mais popular de todas as camadas sociais. Amon-Rá era o deus criador de todos os deuses e navegava com sua barca sagrada pelo céu. Amón-Rá adquiriu tanta importância que uma cidade, chamada Heliópolis, foi edificada para seu culto. Para se chegar ao templo, foi construída uma avenida ladeada de esfinges e obeliscos. A influência política dos sacerdotes de Heliópolis ameaçou muitas vezes o poder do próprio faraó.

 Antigo Império (3200 a.C. - 2300 a.C.)

Esfinge de Gizé.
A época dos primeiros faraós ficou conhecida como Antigo Império. Foi nesse período que os faraós tornaram-se grandes edificações. O tijolo foi substituído pela pedra para se construir as pirâmides. Sob forte controle do Estado, por volta do século XXVII a.C., ergueram-se as pirâmides de Quéops, Quéfren e Miquerinos, faraós da IV dinastia, e a esfinge de Gizé. O território se estendeu e o comércio marítimo no Mediterrâneo oriental se ampliou.
Por volta de 2300 a.C. a relativa estabilidade do Antigo Império foi interrompida por diversos problemas internos: diminuição das enchentes do Nilo, fome, pestes, gastos do Estado e revoltas sociais. Em meio às disputas pelo poder, os chefes dos nomos tornaram-se mais independentes. Aos poucos o poder centralizador do faraó ia desaparecendo. A crise política desorganizava a produção agrícola, fragilizando ainda mais a economia. Era o início de uma época de dificuldades que facilitariam as invasões asiáticas. O Antigo Império chegou ao fim.

Médio Império (2000 a.C. - 1580 a.C.)

Desenho egípcio no papiro.
No século XXII a.C., os governantes de Tebas afirmaram seu poder e fundaram a XI dinastia, dos Mentuhoep, dando início ao Médio Império, com capital em Tebas. Os canais de irrigação e contenção foram ampliados e as áreas de agricultura cresceram. O comércio também se desenvolveu, favorecendo maior contato com outros povos. A construção de templos e tumbas marcava a força de um Estado que privilegiava poucos e explorava as comunidades camponesas. Questões sociais e econômicas mais uma vez alimentavam as pressões políticas e abalavam o poder dos faraós. Os camponeses protestavam enquanto as elite locais voltavam a exigir mais poder. As divisões internas facilitaram a penetração dos hebreus e dos hicsos, que tiveram seu domínio facilitado pelo uso em larga escala de cavalos, carros de guerra e armas mais resistentes, desconhecidas dos egípcios. Após quase dois séculos de domínio dos hicsos, os egípcios conseguiram se rearticular e expulsaram o invasor. A unidade política foi restabelecida inaugurando-se o Novo Império.

 Novo Império (1580 a.C. - 525 a.C.)

Mapa do Egito Antigo na época do Novo Império.
O sentimento de identidade cultural que crescia entre os egípcios, em meio à luta contra os hicsos, acabou voltando-se contra os hebreus, que findaram dominados e escravizados. Por volta de 1250 a.C., os hebreus, sob liderança de Moisés, conseguiram fugir do Egito, no episódio que ficou conhecido como Êxodo, registrado no Antigo Testamento da Bíblia.
No Novo Império, um Egito militarizado ampliava seus domínios. Alargaram-se as fronteiras, da Núbia até o Eufrates. Ocorre uma aceleração no intercâmbio cultural e comercial com outros povos. Os fenícios, por exemplo, adquiriram os excedentes agrícolas egípcios e os revendiam por toda a bacia do Mediterrâneo. Luxo e poder econômico permitiram as grandes construções desse período. Mais uma vez o faraó se impunha como senhor supremo do Egito.

 Época Greco-romana

Templo de Edfu dedicado ao deus Hórus, uma obra construída durante a era ptolomeica.
Em 404 a.C. os egípcios conseguiram reconquistar o poder, mas os persas tomam de novo o país em 343 a.C.. Em 332 a.C. Alexandre Magno conquista o Egipto; quando morre, em 323 a.C., Ptolemeu, um dos seus generais, torna-se governador e em 305 a.C. rei. Ptolemeu, de origem macedónia, dá origem à dinastia dos Lágidas que governa o Egipto nos próximos três séculos. A última representante desta dinastia foi a famosa rainha Cleópatra VII, derrotada em 31 a.C. pelos Romanos na Batalha de Ácio. Em 30 a.C. o Egipto transformou-se numa província de Roma, administrada por um prefeito de origem equestre. Enquanto província, o Egipto teve uma importância fundamental para Roma, pois era do seu território que vinha o cereal do império.

 Hebreus

A Bíblia é um dos principais documentos de pesquisa sobre os hebreus. Através de sua leitura e de pesquisas arqueológicas, entedemos que eles eram pastores originalmente nômades provenientes das regiões da Mesopotâmia. Posteriormente se fixaram nas terras de Canaã, antiga Palestina, e ali viveram durante cerca de dois séculos, dedicando-se à agricultura e ao pastoreio.
Crescentes dificuldades econômicas provocaram a migração de muitos hebreus para as regiões férteis nas margens do rio Nilo. Por muito tempo os hebreus viveram no Egito. Após a expulsão dos invasores hicsos, eles podem ter sido escravizados, permanecendo em território egípcio até por volta de 1250 a.C., quando foram guiados por Moisés de volta à Palestina.
Monte Sinai.
A volta dos hebreus à Palestina é conhecida como Êxodo, e teria durado cerca de 40 anos. Segundo a Bíblia, foi durante essa viagem que Moisés, no alto do monte Sinai, recebeu de Iavé (Deus) a Tábua dos Dez Mandamentos, que deveria guiar o comportamento dos hebreus. O patriarca Josué, que substituiu Moisés ainda durante a volta à Palestina, liderou a luta pela reconquista do território dos hebreus, que estava ocupado por vários povos organizados em tribos. Essa luta elevou a importância dos juízes, nomeados para comandar a expulsão da tribo dos filisteus da Palestina. Samuel, o último dos juízes, tentou promover a união das 12 tribos que ocupavam a região, mas isso só ocorreria sob a liderança de Saul, considerado o primeiro rei dos hebreus.
Reconstituição do Templo de Jerusalém.
Seu sucessor, Davi, garantiu a consolidação do Estado hebraico, caracterizado pela centralização do poder nas mãos do rei, que ainda exercia as funções de chefe político, militar e religioso. Davi foi substituído pelo rei Salomão, que construiu o Templo de Jerusalém, entre outras obras públicas, fez uma aliança comercial com os fenícios, que dominavam o comércio no Mediterrâneo, e também instituiu inúmeras datas religiosas. Além disso, decretou o trabalho compulsório, explorando sobretudo a população camponesa.
A política social e os altos impostos criados por Salomão geraram um grande descontentamento popular, que explodiu com sua morte (cerca de 930 a.C.) provocando o Cisma, isto é, separação das 12 tribos hebraicas em dois reinos: Israel e Judá. Israel reunia as dez tribos do norte e tinha por capital Samaria, já o Reino de Judá era formado por duas tribos do sul, com capital em Jerusalém. A divisão favoreceu a invasão estrangeira. O rei babilônico Nabucodonosor dominou a região levando os hebreus para a Babilônia, período que ficou conhecido como o Cativeiro da Babilônia.
Em 539 a.C., os persas conquistaram o Império Babilônico e permitiram a volta dos hebreus para a Palestina. Em 333 a.C. a Palestina foi dominada por Alexandre Magno, da Macedônia, e em 70 a.C. pelos romanos, que destruíram o Templo de Jerusalém provocando a revolta dos hebreus. O movimento foi reprimido e os hebreus, expulsos da Palestina, provocandosua dispersão pelo mundo, que ficou conhecida como Diáspora.

 Império Persa

Império persa em 490 a.C.
Os persas, povo indo-europeu, originário do sul do Irã, conquistaram, sob o comando de Ciro o Grande, as terras entre os rios Nilo, no Egito, e Indo, na Índia, no período de 550 a.C. a 525 a.C. Fenícios, hebreus e mesopotâmicos foram dominados pelos persas. Eles fundaram num único império todos os povos do Oriente Próximo e sintetizaram as tradições culturais da região. Administrativamente, esse imenso império era dividido em 20 províncias (satrapias) dotadas de relativa autonomia e um surpreendente sistema de comunicação postal. Cada satrapia era administrada por um governador (sátrapa) responsável perante o imperador.
Para se proteger contra a subversão, o rei empregava agentes especiais - "os olhos e os ouvidos do imperador" -, que supervisionavam as atividades dos sátrapas. O império era unificado por uma língua única, o aramaico (a língua dos arameus da Síria), usada pelos funcionários governamentais e pelos comerciantes. Outros elementos unificadores eram a rede de estradas e o sistema comum de pesos e medidas e de cunhagem da moeda, o dárico, válida em todo o território do império.

Religião persa

O Faravahar (ou Ferohar), representação da alma humana antes do nascimento e depois da morte, é um dos símbolos do zoroastrismo.
A civilização persa criou uma nova religião, o masdeísmo, fundada por Zaratustra (em grego, Zoroastro), cuja divindade era Aura Mazda (a luz). Os persas cultuavam, também, Ormuz, o criador de espíritos benéficos, e Arimã, o espírito das trevas, mau e destruidor entre os quais as pessoas tinham liberdade de escolher aquele que iria seguir. A recompensa por ser bom e dizer sempre a verdade era a vida eterna, no Paraíso. O castigo pelo comportamento oposto era ser lançado num reino de trevas e sofrimento.

Fenícios

Uma pequena escultura de origem fenícia.
As transformações das sociedades no Egito e na Mesopotâmia vieram acompanhadas do desenvolvimento de povos vizinhos. É o caso dos fenícios, dos hebreus e, por fim, dos persas. Esses povos, no entanto, não encontraram as mesmas facilidades para desenvolver a agricultura. Seus caminhos foram outros.
Chamou-se Fenícia a antiga região que se estendia pelo território do que mais tarde seria o Líbano, parte da Síria e da Palestina. Habitada por um povo de artesãos, navegadores e comerciantes, suas cidades principais foram Biblo (futura Jubayl), Sídon (Saída), Tiro (Sur), Bérito (Beirute) e Arad.
Os fenícios chegaram às costas da Ásia Menor por volta de 3000 a.C. No começo, estiveram divididos em pequenos Estados locais, dominados às vezes pelos impérios da Mesopotâmia e do Egito. Apesar de submetidos, os fenícios conseguiram desenvolver uma florescente atividade econômica que lhes permitiu, com o passar do tempo, transformar-se numa potência comercial do mundo banhado pelo Mediterrâneo.
Foram os gregos que os chamaram de Phoiníke, "país da púrpura". A púrpura, subtância usada para tingir tecidos, era um dos produtos fenícios mais requisitados. Os tecidos vermelhos faziam sucesso naquela época. As elites na Antiguidade gostavam de usá-los como sinal de posição social elevada.
A cidade de Tiro assumiu um papel fundamental na região. Em pouco tempo, muitos de seus habitantes participaram das rotas comerciais do interior, comercializando principalmente madeira de cedro, azeite e perfumes. Mercadores fenícios estavam presentes na península Ibérica, no sul da Palestina, em Cartago e, no norte da África, assim como no Egito, sobretudo na região do delta do Nilo.
O comércio se fez principalmente pelo mar, o que contribuiu para desenvolver a habilidade dos fenícios como construtores navais e navegadores. Sua fama de construtores de barcos se espalhou entre os egípcios. Estes, em suas inscrições nas pirâmides, contam por volta de 2600 a.C. compraram 40 embarcações fenícias, feitas de cedro, um tipo de madeira clara.
Alfabeto fenício e o atual.
A navegação também favoreceu o desenvolvimento da Astronomia, enquanto as necessidades comerciais impulsionaram a Matemática. Ao mesmo tempo desenvolveram sua mais significativa contribuição para a humanidade: um alfabeto fonético simplificado, composto de 22 letras. Todas as palavras poderiam ser representadas pela combinação de letras evitando a necessidade de memorizar milhares de diagramas. Assimilando, por gregos e romanos, serviu de base para o alfabeto ocidental atual.

China Antiga

A Civilização Sínica (chinesa) é uma das oito civilizações contemporâneas e uma das mais antigas ainda existentes. Sua principal base é confuciana mas o taoismo e o budismo também possuem papeis relativamente importantes na formação de uma identidade cultural.
Recebendo o nome de seu maior expoente, a China, esta civilização abrange também países como Coréia do Norte, Coréia do Sul, Nepal, Tibete, Butão, Singapura, Taiwan, Tailândia e marginalmente Mongólia e Vietnã incluindo também grupos isolados que se espalharam pela diáspora chinesa ao redor do mundo.

Índia Antiga

Os dravidianos habitaram o vale do rio Indo e Ganges desde 2500 a.c.. Em 1750 a.c., a região norte foi invadida pelos arianos, que dominam a península. Do confronto entre os dois povos nasce a civilização hindu. Dissolve-se em diversos reinos independentes de 185 a.c. até o ano 320 da era comum, quando a dinastia Gupta conquista a hegemonia. Escitas e hunos destróem a dinastia em 535, dividindo o reino em dois Estados.
Possuíram agricultura avançada, com plantações irrigadas por canais. Desenvolveram a metalurgia (exceto a do ferro) e o comércio fluvial. A sociedade era dividida em castas: a dos sacerdotes (brâmanes), dos guerreiros (chátrias), dos camponeses (vaisia) e dos servos (sudras). Os párias, marginalizados, não têm casta e podem ser escravizados. As regras sociais eram ditadas pelo Código de Manu, elaborado pelos sacerdotes. Utilizavam formas geométricas, animais e motivos religiosos nas gravuras, na cerâmica e nas edificações. A religião era politeísta e o deus principal, Shiva. A partir de 1500 a.c., seguiram os vedas (saber sagrado), os mais antigos documentos da literatura sacra. Admitem inúmeras divindades subjetivas (verdade, juramento) e naturais (aurora, fogo, Sol). Por volta de 525 a.c., o príncipe Sidarta Gautama torna-se Buda e passa a difundir o budismo.

 Japão Antigo

Duas crônicas semi-míticas, o Kojiki (registros de assuntos antigos) e o Nihon shoki ou Nihongi (Crônicas do Japão), o primeiro compilado em 712 d.c. e o segundo em 720 d.c., são os registros mais antigos da história japonesa, juntamente com os relatos chineses. Essas crônicas falam dos sucessos ocorridos entre os séculos VII a.C. e VII d.c. e são as principais fontes da história antiga do Japão.
Os primeiros colonos do arquipélago japonês provavelmente procediam da zona oriental da Sibéria durante o neolítico, por volta do ano 3000 a.c., mas a evidência linguística sugere também a presença de alguns colonizadores das ilhas polinésias. Também é possível que os ainos tenham chegado ao arquipélago durante essa primeira fase, mas nos primeiros tempos predominavam os protojaponeses de raça mongol.
O Monte Fuji, um vulcão inativo, é o monte mais alto do Japão e seu símbolo nacional mais famoso. Esta montanha, de 3.776 m, encontra-se ao sul de Honshu, perto de Tóquio, e é um lugar muito visitado por turistas e peregrinos. Nas encostas do monte Fuji, há numerosos templos e santuários.

 África Antiga

Mapa das civilizações africanas antes da colonizção europeia.
Pode dizer-se que a história recente ou "moderna" da África, no sentido do seu registro escrito, começou quando povos de outros continentes começaram a registrar o seu conhecimento sobre os povos africanos – com excepção do Egito e provavelmente dos antigos reinos de Axum e Meroe, que tiveram fortes relações com o Egito.
Assim, aparentemente, a história da África oriental começa a ser conhecida a partir do século X, quando um estudioso viajante árabe, Al-Masudi, descreveu uma importante atividade comercial entre as nações da região do Golfo Pérsico e os "Zanj" ou negros africanos. No entanto, outras partes do continente já tinham tido início a islamização, que trouxe a estes povos a língua árabe e a sua escrita, a partir do século VII.
As línguas bantu só começaram a ter a sua escrita própria, quando os missionários europeus decidiram publicar a Bíblia e outros documentos religiosos naquelas línguas, ou seja, durante a colonização do continente, pelo menos, da sua parte subsaariana.
As primeiras civilizações surgiram na África na Antiguidade:

Grécia antiga

 Mundo minóico

Ruínas do palácio de Knossos, em Creta.
Afresco do Palácio de Knossos.
As escavações arqueológicas na ilha de Creta, no final do século XIX, levaram à descoberta das origens da civilização grega. Cretenses formaram uma civilização centrada no palácio, eixo da vida social, e na cidade. Pelos restos arqueológicos foi possível concluir que eles estavam acostumados a viagens por mar e tinham contatos com a civilização egípcia. Produtos cretenses foram descobertos no Egito e produtos egípcios, em Creta.
Da mesma maneira que no Egito Antigo, em Creta, a religião e a vida social estavam intimamente integradas. A arte exprimia temas religiosos, e símbolos sagrados eram colocados nos palácios e lares. Na política, o rei possuia o poder político e religioso. Como sumo sacerdote, suas leis simbolizavam a força dos deuses, e não a dos homens.
Os centros da civilização minóica, assim chamada em homenagem ao rei Minos, foram destruídos por volta de 1450 a.C. A causa tem sido objeto de grandes debates. Para alguns historiadores, deveu-se a uma poderosa erupção vulcânica. No entato, a maioria afirma que resultou da invasão e da pilhagem levada a cabo por gregos, conhecidos como micênicos, procedentes do continente europeu. Os micênicos teriam invadido, assimilado a cultura cretense e, posteriormente, superado e submetido a ilha de Creta. Os minóicos não se recuperaram e, em dois séculos, sua civilização desapareceu. No entanto, sua participação na origem da civilização grega foi fundamental.

Cultura Grega

Os remanescentes da cultura da Grécia clássica conservam-se principalmente em Atenas,Esparta, Micenas, Argos e outros sítios, enquanto as esculturas e outros objetos de arte exibidos nos museus gregos (Nacional, de Heracléia, da Acrópole, etc.), e dos principais centros culturais do mundo constituem uma lembrança permanente de copiosa herança cultural helênica, que ainda continua viva na educação dos gregos.
Na Grécia moderna destacaram-se sobretudo os poetas. Adquiriu fama internacional Konstantinos Kaváfis, grego de Alexandria que escreveu cerca de duas centenas de poemas, inéditos até sua morte. Comparado ao português Fernando Pessoa, seu contemporâneo e também marcado por uma nostalgia da antiga glória de seu país, Kaváfis é autor da frase "somos todos gregos". Destacam-se também Georgios Seferis, agraciado com o Prêmio Nobel de literatura de 1963; Angelos Sikelianos; Odysseus Elytis, que obteve o prêmio Nobel em 1979; e Yannis Ritsos. O romancista de maior sucesso é o cretense Níkos Kazantzákis, autor de Zorba, o grego e A última tentação de Cristo.
Dentre os músicos gregos com fama internacional destacam-se Manos Hadjidakis e Mikis Theodorakis. A busca e a sistematização do patrimônio musical popular, que é o objetivo básico de famosos músicos e pesquisadores, tem incentivado a criação de grande número de corais que participam de concursos internacionais. Depois da independência política, a arte grega se inspirou inteiramente na arte ocidental. Entre os pintores figurativos destacam-se Iannis Moralis e Nicos Kontopulos; e entre os abstratos, Alexos Kontopulos e Iannis Spyrapulos. Na escultura devem ser mencionados Vassilakis Takis e Alex Mylona.
Foi na Grécia Antiga, na cidade de Olímpia, que surgiram os Jogos Olímpicos em homenagem aos deuses. Os gregos também desenvolveram uma rica mitologia.
Até os dias de hoje a mitologia grega é referência para estudos e livros.
A filosofia também atingiu um desenvolvimento surpreendente, principalmente em Atenas, no século V a.C. (período clássico da Grécia). Platão e Sócrates são os filósofos mais conhecidos deste período.
As regiões naturais da Grécia são: a Macedónia e Trácia, ao norte, montanhosas e com planícies litorâneas de origem aluvial; a Grécia Central, onde se encontram a Tessália e a Ática, com férteis vales; o Peloponeso, zona muito montanhosa mas com vales litorâneos; e Creta, a maior ilha do país, com montanhas que atingem quase 2.500m de altitude.

Roma Antiga

Roma Antiga é o nome dado à civilização que se desenvolveu a partir da cidade de Roma, fundada na península Itálica durante o século VIII a.C.. Durante os seus doze séculos de existência, a civilização romana transitou da monarquia para uma república oligárquica até se tornar num vasto império que dominou a Europa Ocidental e ao redor de todo o mar Mediterrâneo através da conquista e assimilação cultural. No entanto, um rol de factores sócio-políticos causou o seu declínio, e o império foi dividido em dois. A metade ocidental, onde estavam incluídas a Hispânia, a Gália e a Itália, entrou em colapso definitivo no século V e deu origem a vários reinos independentes; a metade oriental, governada a partir de Constantinopla passou a ser referida, pelos historiadores modernos, como Império Bizantino a partir de 476 d.C., data tradicional da queda de Roma e aproveitada pela historiografia para demarcar o início da Idade Média.
A civilização romana é tipicamente inserida na chamada Antiguidade Clássica, juntamente com a Grécia Antiga, que muito inspirou a cultura deste povo. Roma contribuiu muito para o desenvolvimento no mundo ocidental de várias áreas de estudo, como o direito, teoria militar, arte, literatura, arquitetura, linguística, e a sua história persiste como uma grande influência mundial, mesmo nos dias de hoje.  

 Império Romano
O Império Romano é a fase da história da Roma Antiga caracterizada por uma forma autocrática de governo. O Império Romano sucedeu a República Romana que durou quase 500 anos (509 a.C.27 a.C.) e tinha sido enfraquecida pelo conflito entre Caio Mário e Sulla e pela guerra civil de Júlio César contra Pompeu.[1] Muitas datas são comumente propostas para marcar a transição da República ao Império, incluindo a data da indicação de Júlio César como ditador perpétuo (44 a.C.), a vitória do herdeiro de Otávio na Batalha de Áccio (2 de setembro de 31 a.C.), ou a data em que o senado romano outorgou a Otávio o título honorífico Augusto (16 de janeiro de 27 a.C.).[2]
Assim, Império Romano tornou-se a designação utilizada por convenção para referir ao estado romano nos séculos que se seguiram à reorganização política efectuada pelo primeiro imperador, César Augusto. Embora Roma possuísse colónia e províncias antes desta data, o estado pré-Augusto é conhecido como República Romana.
Os historiadores fazem a distinção entre o principado, período de Augusto à crise do terceiro século, e o domínio ou dominato que se estende de Diocleciano ao fim do império romano do ocidente. Durante o principado (do latim princeps, "primeiro"), a natureza autocrática do regime era velada por designações e conceitos da esfera republicana, manifestando os imperadores relutância em se assumir como poder imperial. No dominato (de dominus, "senhor"), pelo contrário, estes últimos exibiam claramente os sinais do seu poder, usando coroas, púrpuras e outros ornamentos simbólicos do seu status.

 Cultura Romana

Cristianismo

O cristianismo é uma religião monoteísta baseada na vida e nos ensinamentos de Jesus, tais como estes se encontram recolhidos nos Evangelhos, parte integrante do Novo Testamento. Os cristãos acreditam que Jesus é o Messias e como tal referem-se a ele como Jesus Cristo. Com cerca de 2,13 bilhões de adeptos, o cristianismo é hoje a maior religião mundial. É a religião predominante na Europa, América, Oceania e em grande parte de África e partes da Ásia.
O cristianismo começou no século I como uma seita do judaísmo, partilhando por isso textos sagrados com esta religião, em concreto o Tanakh, que os cristãos denominam de Antigo Testamento. À semelhança do judaísmo e do Islão, o cristianismo é considerado como uma religião abraâmica.
Segundo o Novo Testamento, os seguidores de Jesus foram chamados pela primeira vez "cristãos" em Antioquia (Actos 11,26).

Queda do Império Romano

A queda do Império Romano foi causada por uma série de fatores que fragilizaram o Império Romano e por fim facilitaram as invasões bárbaras e a derrubada final do Estado romano. Em geral, a expressão "queda do Império Romano" refere-se ao fim do Império Romano do Ocidente, ocorrido em 476 d.C., com a tomada de Roma pelos hérulos, uma vez que a parte oriental do Império, que posteriormente os historiadores denominariam Império Bizantino, continuou a existir por quase mil anos, até 1453, quando ocorreu a Queda de Constantinopla.

 Islamismo

O Islão ou Islã (do árabe الإسلام, transl. al-Islām) é uma religião monoteísta que surgiu na Península Arábica no século VII, baseada nos ensinamentos religiosos do profeta Maomé (Muhammad) e numa escritura sagrada, o Alcorão. A religião é conhecida ainda por islamismo.
Na visão muçulmana, o Islão surgiu desde a criação do homem, ou seja, desde Adão sendo este o primeiro profeta dentre inúmeros outros, para diversos povos, sendo o último deles Maomé
Cerca de duzentos anos após Maomé, o Islão já se tinha difundido em todo o Médio Oriente, no Norte de África e na península Ibérica, bem como na direcção da antiga Pérsia e Índia. Mais tarde, o Islão atingiu a Anatólia, os Balcãs e a África subsaariana. Recentes movimentos migratórios de populações muçulmanas no sentido da Europa e do continente americano levaram ao aparecimento de comunidades muçulmanas nestes territórios
A mensagem do Islão caracteriza-se pela sua simplicidade: para atingir a salvação basta acreditar num único Deus, rezar cinco vezes por dia, submeter-se ao jejum anual no mês do Ramadão, pagar dádivas rituais e efectuar, se possível, uma peregrinação à cidade de Meca.
O Islão é visto pelos seus aderentes como um modo de vida que inclui instruções que se relacionam com todos os aspectos da actividade humana, sejam eles políticos, sociais, financeiros, legais, militares ou interpessoais. A distinção ocidental entre o espiritual e temporal é, em teoria, alheia ao Islão.

Império Bizantino

O Império Bizantino ou Reinado Bizantino (em grego: Βασιλεία Ῥωμαίων), inicialmente conhecido como Império Romano do Oriente ou Reinado Romano do Oriente, sucedeu o Império Romano (cerca de 395) como o império e reinado dominante do Mar Mediterrâneo. Sob Justiniano I, considerado o último grande imperador romano, dominava áreas no atual Marrocos, Cartago, sul da França e da Itália, bem como suas ilhas, Península Balcânica, Anatólia, Egito, Oriente Próximo e a Península da Criméia, no Mar Negro. Sob a perspectiva ocidental, não é errado inserir o Império Bizantino no estudo da Idade Média, mas, a rigor, ele viveu uma extensão da Idade Antiga. Os historiadores especializados em Bizâncio em geral concordam que seu apogeu se deu com o grande imperador da dinastia Macedônica, Basílio II Bulgaroctonos (Mata-Búlgaros), no início do século IX. A sua regressão territorial gradual delineou a história da Europa medieval, e sua queda, em 1453, frente aos turcos otomanos, marcou o fim da Idade Média.

 Idade Média

Modo de vida no feudalismo.
Os grandes impérios da Antiguidade acabaram sucumbindo por diversos motivos. Dinastias se revezam no poder na China e o Império Romano se divide em duas partes autônomas que mais tarde acabam sendo conquistadas. Na Europa destaca-se o final do Império Romano do Ocidente, coincidindo com a expansão do cristianismo e a invasão das tribos germânicas. Com a queda do império ocidental a Europa mergulha na Idade Média marcada pelo feudalismo levando ao esfriamento do comércio e da expansão do conhecimento.
No oriente médio neste mesmo período pode ser destacado o surgimento do Islamismo liderado pelo profeta Muhammad. Sob a bandeira da religião os árabes se unem para expandir seu território para o norte da África e na direção oriental a região do Iraque e do Irã. Os árabes contribuem significativamente para a ciência no período, com destaques como Avicena, estudioso de medicina.

 Cultura Medieval

 Grandes Mudanças na Idade Média

Os burgueses eram os habitantes dos burgos, que eram pequenas cidades protegidas por muros. Como eram pessoas ricas, que trabalhavam com dinheiro, não eram bem vistas pelos integrantes do clero católico, que era quem, até essa altura era o principal detentor da riqueza. Os mais pobres ficavam fora das muralhas e eram denominados de "extraburgos".
No entanto, os burgueses não sonhavam com enriquecer-se nem, muito menos, com tomar o poder. Desprezados pelos nobres e pelos artesãos, estes burgueses eram herdeiros da classe medieval dos vilões e, por falta de alternativas, dedicaram-se ao comércio, que, alguns séculos mais tarde, serviria de base para o surgimento do capitalismo.
Com a aparição da doutrina marx, a partir do século XIX, a burguesia passou a ser identificada como a classe dominante do modo de produção capitalista e, como tal, lhe foram atribuídos os méritos do progresso tecnológico, mas foi também responsabilizada pelos males da sociedade contemporânea. Os marxistas cunharam também o conceito de "pequena burguesia", que foi como chamaram o setor das camadas médias da sociedade atual, regido por valores e aspirações da burguesia.
As igrejas do Período Medieval, além de dar o conhecimento religioso aos católicos, tomaram conta do ensinamento nas escolas, que ficavam no fundo dos mosteiros, mas a burguesia proibiu a igreja de continuar a dar aulas, quem tomara conta do ensino eram os burgueses que, além do conhecimento religioso, ensinavam o que era preciso para ser um burguês, ou seja, ensinavam o comércio e o conhecimento dos números.
O renascimento comercial-urbano na Europa, deu-se na Baixa Idade Média.
Cidades italianas como Florença e Veneza foram as principais impulsionadoras das atividades comerciais na Europa, principalmente por fornecerem as especiarias vindas do Oriente, já que tinham controle sobre o Mediterrâneo. O desenvolvimento e intensificação das feiras-livres cresceu junto com a produção agrícola. O fluxo das especiarias e as feiras possibilitaram a estruturação e surgimento de rotas de comércio ligando as cidades aos pontos de comércio (esse conjunto de ligações pode ser chamado de entroncamento), que cresciam e se desenvolviam economicamente, com destaque para Champanhe (França) e Flandres (Bélgica).
A retomada do uso da moeda (as principais da época: Florim de Ouro e Ducado de Ouro) auxiliou nas ações financeiras, como as atividades de crédito e bancárias, na retomada do trabalho assalariado e na formação de associações de controle da produção e comércio, em destaque:
  • Hansas/Ligas Hanseáticas: associações de mercadores (monopólio do comércio local, controle da concorrência estrangeira, regulamentação de preços).
  • Corporações de Ofício/Guildas: associações de artesãos (monopólio das atividades artesanais, controle da concorrência, regulamentação de preços, estabelecimento de normas de produção, controle de qualidade e assistência aos membros).

Renascimento

Renascimento ou Renascença são os termos usados para identificar o período da História da Europa aproximadamente entre fins do século XIII e meados do século XVII quando diversas transformações em uma multiplicidade de áreas da vida humana assinalam o final da Idade Média e o início da Idade Moderna. Apesar destas transformações serem bem evidentes na cultura, sociedade, economia, política e religião, caracterizando a transição do feudalismo para o capitalismo e significando uma ruptura com as estruturas medievais, o termo é mais comumente empregado para descrever seus efeitos nas artes, na filosofia e nas ciências
Chamou-se "Renascimento" em virtude da redescoberta e revalorização das referências culturais da antiguidade clássica, que nortearam as mudanças deste período em direção a um ideal humanista e naturalista. O termo foi registrado pela primeira vez por Giorgio Vasari já no século XVI, mas a noção de Renascimento como hoje o entendemos surgiu a partir da publicação do livro de Jacob Burckhardt A cultura do Renascimento na Itália (1867), onde ele definia o período como uma época de "descoberta do mundo e do homem.Apesar do grande prestígio que o Renascimento ainda guarda entre os críticos e o público, historiadores modernos têm começado a questionar se os tão divulgados avanços merecem ser tomados desta forma.
O Renascimento cultural manifestou-se primeiro na região italiana da Toscana, tendo como principais centros as cidades de Florença e Siena, de onde se difundiu para o resto da Itália e depois para praticamente todos os países da Europa Ocidental. A Itália permaneceu sempre como o local onde o movimento apresentou maior expressão, porém manifestações renascentistas de grande importância também ocorreram na Inglaterra, Alemanha, Países Baixos e, menos intensamente, em Portugal e Espanha, e em suas colônias americanas.

 Renascimento Científico

 Reforma Protestante

A Reforma Protestante foi um movimento reformista cristão iniciado no século XVI por Martinho Lutero, que, através da publicação de suas 95 teses,protestou contra diversos pontos da doutrina da Igreja Católica, propondo uma reforma no catolicismo. Os princípios fundamentais da Reforma Protestante são conhecidos como os Cinco solas.
Lutero foi apoiado por vários religiosos e governantes europeus provocando uma revolução religiosa, iniciada na Alemanha, e estendendo-se pela Suíça, França, Países Baixos, Reino Unido, Escandinávia e algumas partes do Leste europeu, principalmente os Países Bálticos e a Hungria. A resposta da Igreja Católica Romana foi o movimento conhecido como Contra-Reforma ou Reforma Católica, iniciada no Concílio de Trento.
O resultado da Reforma Protestante foi a divisão da chamada Igreja do Ocidente entre os católicos romanos e os reformados ou protestantes, originando o Protestantismo.

 Descobertas

Pintura da caravela Santa Maria.
O feudalismo europeu acaba sucumbindo com o Renascimento comercial e cultural, que floresce novamente com a abertura comercial. Alguns países europeus se adiantam e iniciam a expansão ultramarina em busca de novos territórios e novas rotas de comércio pelos oceanos, destacando-se os países da Península Ibérica formados após a guerra de reconquista contra os mouros. Neste contexto está o descobrimento da América, o descobrimento do Brasil e a colonização do Novo Mundo.
A colonização leva ao choque de diferentes grupos humanos, cada um em um diferente momento na história. Algumas civilizações americanas já se encontravam bem desenvolvidas como maias e astecas, outras ainda se encontravam em um período anterior ao surgimento da escrita.

 América Pré-Colombiana

Pré-colombiano é o período da história ocorrido antes do "descobrimento" da América pelo navegador Cristóvão Colombo. O evento da descoberta, entretanto, não é o marco fixo delimitador deste período, já que vastas extensões de terra e muitas populações só vieram a ser atingidas posteriormente. Assim, a expressão "período pré-colombiano" designa a história ou o estado cultural dos habitantes das Américas, antes de seu encontro com os europeus.

 Astecas

Os astecas (1325 até 1521; a forma azteca também é usada) foram uma civilização mesoamericana, pré-colombiana, que floresceu principalmente entre os séculos XIV e XVI, no território correspondente ao atual México.
Na sucessão de povos mesoamericanos que deram origem a essa civilização destacam-se os toltecas, por suas conquistas civilizatórias, florescendo entre o século X e o século XII seguidos pelos chichimecas imediatamente anteriores e praticamente fundadores do Império Asteca com a queda do Império Tolteca.
O idioma asteca era o nahuatl.
Os astecas foram derrotados e sua civilização destruída pelos conquistadores espanhóis, comandados por Fernando Cortez.

Incas

O Império Inca (Tawantinsuyu em quíchua) foi um Estado-nação que existiu na América do Sul de cerca de 1200 até à invasão dos conquistadores espanhóis e a execução do imperador Atahualpa em 1533.
O império incluía regiões desde o extremo norte como o Equador e o sul da Colômbia, todo o Peru e a Bolívia, até o noroeste da Argentina e o norte do Chile. A capital do império era a atual cidade de Cusco (em quíchua, "Umbigo do Mundo"). O império abrangia diversas nações e mais de 700 idiomas diferentes, sendo o mais falado o quíchua.
O Império Inca (Tawantinsuyu em quíchua) foi o maior império da América pré-colombiana. A Administração, Política e Centro de Forças Armadas do Império eram todos localizados em Cusco (em quíchua, "Umbigo do Mundo"), no atual Peru. O Império surgiu nas terras altas do Peru em algum momento do século XIII. De 1438 até 1533, os Incas utilizaram vários métodos, da conquista militar a assimilação pacifica, para incorporar uma grande porção do oeste da América do Sul, centrado na Cordilheira dos Andes, incluindo grande parte do atual Equador e Peru, sul e oeste da Bolívia, noroeste da Argentina, norte do Chile e sul da Colômbia.
A língua oficial do império era o quíchua,embora dezenas se não centenas de línguas e dialetos locais de quechua eram faladas. O nome quéchua para o império era Tawantinsuyu que pode ser traduzido como as quatro regiões ou as quatro Regiões Unidas. Antes da reforma ortográfica era escrita em espanhol como Tahuantinsuyo. Tawantin é um grupo de quatro coisas (tawa significa "quatro", com o sufixo -ntin que nomeia um grupo); Suyu significa "região" ou "província". O império foi dividido em quatro Suyus, cujos cantos faziam fronteira com a capital, Cusco (Qosqo).
Havia muitas formas locais de culto, a maioria delas relativas ao local sagrado "Huacas", mas a liderança Inca incentivou o culto a Apu Inti - o deus do sol - e impôs a sua soberania acima dos outros cultos, como o da Pachamama. Os Incas identificavam o seu rei como "filho do sol".

 Maias

A civilização maia foi uma cultura mesoamericana pré-colombiana, com uma rica história de 3000 anos. Contrariando a crença popular, o povo maia nunca "desapareceu", pois milhões ainda vivem na mesma região e muitos deles ainda falam alguns dialetos da língua original.
Os povos maias constituem um conjunto diverso de povos nativos americanos do sul do México e da América Central setentrional. O termo maia é abrangente e ao mesmo tempo uma designação colectiva conveniente que inclui os povos da região que partilham de alguma forma uma herança cultural e linguística; porém, esta designação abarca muitas populações, sociedades e grupos étnicos diferentes, cada um com as suas tradições particulares, culturas e identidade histórica.
Estima-se que no início do século XXI esta região seja habitada por 6 milhões de maias. Alguns encontram-se bastante integrados nas culturas modernas dos países em que residem, outros continuam a seguir um modo de vida mais tradicional e culturalmente distincto, muitas vezes falando uma das línguas maias como primeiro idioma.
As maiores populações de maias contemporâneos encontram-se nos estados mexicanos de Yucatán, Campeche, Quintana Roo e Chiapas, e nos países da América Central Belize, Guatemala, e nas regiões ocidentais de Honduras e El Salvador.

 O Brasil Pré-Colombiano

Os povos indígenas no Brasil incluem um grande número de diferentes grupos étnicos que habitaram o país antes da chegada dos europeus em torno de 1500. Diferentemente de Cristovão Colombo, que achava que tinha atingido as Índias Orientais, o português, mais notavelmente por Vasco da Gama, já tinha atingido a Índia através do Oceano Índico, rota pela qual atingiu o Brasil.
A dificuldade em classificar os povos indígenas do Brasil vem do fato de que a violência, durante cinco séculos de colonização em que tiveram tomadas suas terras, destruídos muitos de seus meios de sobrevivência, proibidas suas religiões sendo explícita ou disfarçadamente escravizados, provocou enorme mistura de povos e transferência de áreas.

 Descobrimento do Brasil

O termo descoberta do Brasil se refere à chegada, em 22 de abril de 1500, da frota comandada por Pedro Álvares Cabral ao território onde hoje se encontra o Brasil, apesar de se refirir também à suposta visita de Duarte Pacheco Pereira em 1498. A palavra "descoberta" é usada nesse caso em uma perspectiva eurocêntrica, referindo-se estritamente à chegada de europeus e desconsiderando a presença dos vários povos indígenas que viviam havia diversos séculos nas terras do atual Brasil.

A Exploração do Pau-Brasil

Afirmam alguns historiadores que o corte do pau-brasil para a obtenção de sua madeira e sua resina foi a primeira atividade econômica dos colonos portugueses na recém-descoberta Terra de Santa Cruz, no século XVI e que abundância desta árvore no meio a imensidão das florestas inexploráveis teria conferido à colônia o nome de Brasil.
A resina vermelha era utilizada pela indústria têxtil europeia como uma alternativa aos corantes de origem terrosa e conferia aos tecidos uma cor de qualidade superior. Isto, aliado ao aproveitamento da madeira vermelha na marcenaria, criou uma demanda enorme no mercado, o que forçou uma rápida e devastadora "caça" ao pau-brasil nas matas brasileiras. Em pouco menos de um século, já não havia mais árvores suficientes para suprir a demanda, e a atividade econômica foi deixada de lado, embora espécimens continuassem a ser abatidos ocasionalmente para a utilização da madeira (até os dias de hoje, usada na confecção de arcos para violino e móveis finos).
O fim da caça ao pau-brasil não livrou a espécie do perigo de extinção. As atividades econômicas subsequentes, como o cultivo da cana-de-açúcar e do café, além do crescimento populacional, estiveram aliadas ao desmatamento da faixa litorânea, o que restringiu drasticamente o habitat natural desta espécie. Mas sob o comando do Imperador Dom Pedro II, vastas áreas de Mata Atlântica, principalmente no estado do Rio de Janeiro, foram recuperadas, e iniciou-se uma certa conscientização preservacionista que freou o desmatamento. Entretanto, já se considerava o pau-brasil como uma árvore praticamente extinta.
No século XX, a sociedade brasileira descobriu o pau-brasil como um símbolo do país em perigo de extinção, e algumas iniciativas foram feitas no sentido de reproduzir a planta a partir de sementes e utilizá-la em projetos de recuperação florestal, com algum sucesso. Atualmente, o pau-brasil tornou-se uma árvore popularmente usada como ornamental. Se seu habitat natural será devastado por completo no futuro, não se sabe, mas a sobrevivência da espécie parece assegurada nos jardins das casas e canteiros urbanos.
A madeira do pau-brasil é reputada como a melhor para a fabricação de arcos de violino, pois sua madeira é facil de ser cortada e polida.
Em 1924, Oswald de Andrade fez um manifesto sobre a nova poesia brasileira intitulado "Manifesto da Poesia Pau Brasil".

Os Jesuítas no Brasil

A história da Companhia de Jesus no Brasil inicia com a chegada dos jesuítas em 1549 na Bahia. Aí fundaram um colégio e iniciaram a catequese dos índios. Posteriormente foram expulsos pelo Marquês de Pombal. Atualmente possuem vários colégios e universidades dispersos pelo país, além de paróquias e atuação no apostolado social, bem como na formação do clero, religiosos e leigos católicos.

Invasões Holandesas do Brasil

 Bandeirantes

 Iluminismo

Revolução Industrial

Um motor a vapor de Watt, o motor a vapor, alimentado principalmente com carvão, impulsionou a Revolução Industrial no Reino Unido e no mundo.
A Revolução Industrial consistiu em um conjunto de mudanças tecnológicas com profundo impacto no processo produtivo em nível econômico e social. Iniciada na Inglaterra em meados do século XVIII, expandiu-se pelo mundo a partir do século XIX.
Ao longo do processo (que de acordo com alguns autores se registra até aos nossos dias), a era agrícola foi superada, a máquina foi suplantando o trabalho humano, uma nova relação entre capital e trabalho se impôs, novas relações entre nações se estabeleceram e surgiu o fenômeno da cultura de massa, entre outros eventos.
Essa transformação foi possível devido a uma combinação de fatores, como o liberalismo econômico, a acumulação de capital e uma série de invenções, tais como o motor a vapor. O capitalismo tornou-se o sistema econômico vigente.

Revolução Francesa

Revolução Francesa é o nome dado ao conjunto de acontecimentos que, entre 5 de Maio de 1789 e 9 de Novembro de 1799, alteraram o quadro político e social da França. Em causa estavam o Antigo Regime (Ancien Régime) e a autoridade do clero e da nobreza. Foi influenciada pelos ideais do Iluminismo e da Independência Americana (1776). Está entre as maiores revoluções da história da humanidade.
A Revolução é considerada como o acontecimento que deu início à Idade Contemporânea. Aboliu a servidão e os direitos feudais e proclamou os princípios universais de "Liberdade, Igualdade e Fraternidade" (Liberté, Egalité, Fraternité), frase de autoria de Jean-Jacques Rousseau. Para a França, abriu-se em 1789 o longo período de convulsões políticas do século XIX, fazendo-a passar por várias repúblicas, uma ditadura, uma monarquia constitucional e dois impérios.

Era Napoleônica

 Unificação da Alemanha

A Unificação Alemã foi um processo iniciado em meados do século XIX e finalizado em 1871, para a integração e posterior unificação de diversos estados germânicos em apenas um: a Alemanha. O processo foi liderado pelo primeiro-ministro prussiano Otto von Bismarck, conhecido como chanceler de ferro, e culminou com a formação do Segundo Reich (Império) alemão.

 Revoluções e guerras

O Renascimento acaba por culminar com a formação da monarquia absolutista em diversos países da Europa. Combinado com o desenvolvimento científico e a demanda por uma melhor qualidade de vida, surge a produção em larga escala. Esta necessidade culmina com a Revolução Industrial que coloca novos países em destaque como a Inglaterra por exemplo. Como demanda do próprio desenvolvimento a monarquia absolutista passa a dar lugar a democracia implantada através de movimentos como a Revolução Francesa e a Independência dos Estados Unidos.
Crise de 1929 afeta a economia.
Na direção do crescimento propiciado por estes acontecimentos e antigas rivalidades levam a ocorrência da Primeira Guerra Mundial. Durante o período que se segue, a crise econômica em todo mundo provocada pela crise de 1929 nos Estados Unidos ajuda a fomentar soluções através de ideologias. Neste período ocorre a Revolução Russa que leva o comunismo ao poder. Também surgem ditaduras fascistas em vários países da Europa, notadamente na Espanha, Alemanha e Itália.
Explossão da bomba atômica sobre Nagasaki.
Com esta tensão é iniciada a Segunda Guerra Mundial que traz grandes perdas para a Europa. Nelas são utilizadas as duas bombas atômicas, fruto do desenvolvimento técnico e científico da humanidade que não pararia mais até os dias atuais.

Primeira Guerra Mundial

A Primeira Guerra Mundial (também conhecida como Grande Guerra antes de 1939, Guerra das Guerras ou ainda como a Última Guerra Feudal) foi um conflito mundial ocorrido entre 28 de Julho de 1914 e 11 de Novembro de 1918.
A guerra ocorreu entre a Tríplice Entente - liderada pelo Império Britânico, França, Império Russo (até 1917) e Estados Unidos (a partir de 1917) - que derrotou a Tríplice Aliança (liderada pelo Império Alemão, Império Austro-Húngaro e Império Turco-Otomano), e causou o colapso de quatro impérios e mudou de forma radical o mapa geo-político da Europa e do Médio Oriente.
No início da guerra (1914), a Itália era aliada dos Impérios Centrais na Tríplice Aliança, mas, considerando que a aliança tinha carácter defensivo (e a guerra havia sido declarada pela Áustria) e a Itália não havia sido preventivamente consultada sobre a declaração de guerra, o governo italiano afirmou não sentir vinculado à aliança e que, portanto, permaneceria neutro. Mais tarde, as pressões diplomáticas da Grã-Bretanha e da França a fizeram firmar em 26 de abril de 1915 um pacto secreto contra o aliado austríaco, chamado Pacto de Londres, no qual a Itália se empenharia a entrar em guerra em um mês em troca de algumas conquistas territoriais que obtivesse ao fim da guerra: o Trentino, o Tirol Meridional, Trieste, Gorizia, Ístria (com exceção da cidade de Fiume), parte da Dalmácia, um protetorado sobre a Albânia, sobre algumas ilhas do Dodecaneso e alguns territórios do Império Turco, além de uma expansão das colônias africanas, às custas da Alemanha (a Itália já possuía na África: a Líbia, a Somália e a Eritréia). O não-cumprimento das promessas feitas à Itália foi um dos fatores que a levaram a aliar-se ao Eixo na Segunda Guerra Mundial.
Em 1917, a Rússia abandonou a guerra em razão do início da Revolução. No mesmo ano, os EUA, que até então só participavam da guerra como fornecedores, ao ver os seus investimentos em perigo, entram militarmente no conflito, mudando totalmente o destino da guerra e garantindo a vitória da Tríplice Entente.

Revolução Russa

A Revolução Russa de 1917 foi uma série de eventos políticos na Rússia, que, após a eliminação da autocracia russa, e depois do Governo Provisório (Duma), resultou no estabelecimento do poder soviético sob o controle do partido bolchevique. O resultado desse processo foi a criação da União Soviética, que durou até 1991.
A Revolução compreendeu duas fases distintas:

Crise de 1929

Segunda Guerra Mundial

Guerra Fria

"Buzz" Aldrin na Lua.
Seguindo a Segunda Guerra Mundial o mundo se polariza em torno das duas potências vencedoras da guerra com os Estados Unidos e o capitalismo de um lado e a União Soviética com o socialismo de outro. Este período passa a ser conhecido como Guerra Fria no qual as superpotências disputam a influência no mundo sem deflagrarem uma guerra aberta uma contra a outra.
Embora nunca tenha ocorrido um conflito armado direto entre as duas potências elas se enfrentaram indiretamente através da corrida armamentista, da corrida espacial e em discussões ideológicas. A corrida armamentista seguindo a idéia da destruição mútua assegurada levou as potências se armarem até o ponto do "equilíbrio do terror" no qual ambas as potências poderiam se destruir mutuamente e a todo o mundo diversas vezes.
As potências disputaram também em todo o planeta regiões de influência de suas ideologias. Um exemplo disto foi a Europa destruída após a guerra que passou a ser alvo de investimentos de ambos os lados que procuravam garantir sua influência, como por exemplo o Plano Marshall dos Estados Unidos. A maior parte do leste europeu se alinhou com a União Soviética e adotou o socialismo enquanto a Europa ocidental se alinhou com os Estados Unidos e o capitalismo e surge a expressão Cortina de Ferro para denotar a divisão da Europa nestas duas áreas de influência. O Japão e os governos da América do Sul se alinharam com os Estados Unidos.
Queda do muro de Berlim.
Em vários conflitos armados ocorridos durante este período um dos contendores acabava recebendo patrocínio de uma potência de acordo com a ideologia que defendia. Alguns dos conflitos inclusive tiveram o envolvimento das potências, como a guerra da Coréia, a guerra do Vietnã, a guerra do Afeganistão. A crise dos mísseis em Cuba gera o maior impasse entre as potências durante a Guerra Fria.
Porém a União Soviética passava por problemas sociais e econômicos e o desgaste passou a ser evidente após a derrota na corrida espacial quando os Estados Unidos colocaram o homem na Lua e o acidente na usina nuclear de Chernobyl. Dois planos para reformar a União Soviética são lançados: a Glasnost e a Perestroika.
Em consequência destas reformas que permitiram maior abertura e transparência o bloco soviético passa a ruir com a queda dos regimes socialistas na área de influência da União Soviética na Europa. Essa situação leva a queda do muro de Berlim em 1989. Anos depois no final de 1991 a União Soviética iria finalmente ruir sinalizando o fim definitivo da Guerra Fria.

 Século XXI

Soldado americano no Iraque.
O mundo bipolar dá lugar a um mundo de múltiplos pólos no qual vários países passam agora a ter influência global. Potências emergentes como China, Índia e Brasil passam a ter papel de maior destaque na economia. Este período é marcado também por uma maior preocupação com o meio ambiente diante da perspectiva do aquecimento global que gera grandes debates entre os líderes dos países. Outro emblema passa a ser a guerra contra o terrorismo liderada pelos Estados Unidos após os ataques de 11 de setembro. A guerra na região dos Balcãs termina, e dá lugar a vários novos países: Kosovo, Montenegro, etc.

Mundo depois do 11 de setembro

Em 11 de setembro de 2001 ocorreu em Nova Iorque, nos Estados Unidos, o maior ataque terrorista da história. O ataque destruiu o World Trade Center e deixou mais de 3000 mortos. Depois desse ataque, os Estados Unidos tentaram encontrar os culpados do ataque em Nova Iorque. O mandante do atentado foi Osama bin Laden. Os Estados Unidos invadiram o Afeganistão em 2001 e 2002, atrás de Osama bin Laden, mas Osama não foi encontrado. Em 20 de março de 2003, os Estados Unidos e a Inglaterra invadiram o Iraque para procurar e desarmar supostas armas de destruição em massa construídas no território iraquiano. Tais armas nunca foram encontradas. Até hoje ainda existem tropas americanas e inglesas no território iraquiano.

Desastres naturais

No século XXI muitos desastres naturais ocorreram devido ao aquecimento global. Entre 27 e 28 de março de 2004 estados do sul do Brasil foram alertados que se aproximava um ciclone, mas cientistas concluíram que o suposto ciclone era na verdade um furacão. Foi batizado de furacão Catarina e é considerado o primeiro furacão historicamente registrado no Atlântico Sul. Outro grande desastre foi a passagem do furacão Katrina no sudeste dos Estados Unidos em 29 de agosto de 2005 onde mais de um milhão de pessoas foram evacuadas. Os ventos do furacão alcançaram mais de 280 quilômetros por hora, e causaram grandes prejuízos na região litorânea do sul dos Estados Unidos, especialmente em torno da região metropolitana de Nova Orleães. Ocorreram cerca de 1.833 mortes.

 Economia e política

Xangai, um dos símbolos do boom econômico da China.
Depois do fim da União Soviética, em 26 de dezembro de 1991, o mundo passou a ter apenas um país como a nova ordem mundial: os Estados Unidos. Mas pouco tempo depois, o desenvolvimento economico de países emergentes como: China, Índia, Brasil e Rússia (BRIC), são os principais concorrentes para que no futuro eles sejam uma grande potência mundial. O mundo atual é dividido em vários pólos economicos. O Brasil passa a ser o líder economico na América Latina. O bloco económico da União Europeia colocou em circulação, em 1 de janeiro de 2002, a moeda euro. Essa moeda foi implantada em 15 países europeus. O PIB da União Europeia é maior do que o PIB dos Estados Unidos. A antiga guerra que acontecia na região dos Balcãs se estabilizou e vários países fazem sua independência. A antiga Sérvia e Montenegro foi dividida em 3 países: Sérvia (obteve independência em 5 de junho de 2006), Montenegro (obteve sua independência em 7 de junho de 2006) e Kosovo (obteve sua independência em 17 de fevereiro de 2008). Com a invasão do Afeganistão pelas torpas norte-americanas e inglesas em 2001, o governo do taliban é finalizado no Afeganistão. Em 24 de fevereiro de 2008, Fidel Castro sai do poder de Cuba depois de 49 anos de mandato. No seu lugar, entra Raúl Castro, irmão de Fidel. A partir do fim do século XX, a economia da China aumentou drasticamente. A China é o único país que pode chegar a ter uma economia maior do que a economia norte-americana. Ela pode se tornar a maior potência economica em um futuro próximo.

Tecnologia e ciências

A internet fica muito mais popular e muitos novos sites surgem nela. O computador se torna um eletrodoméstico quase necessário para os lares de alguns países, como a televisão. O DVD substitui as fitas VHS, mas logo é inventada outra tecnologia melhor do que o DVD, o Blu-ray. O Youtube vira o site de compartilhamento de vídeos mais visitado no mundo. O Youtube é comprado pela Google por US$ 1,65 bilhão, em 9 de Outubro de 2006. O serviço de busca pela internet do Google se torna o mais popular do mundo. Surge o Skype, a tecnologia de telefonia via internet. O disquete cai em desuso, sendo substituído pelo CD-R e posteriormente pelo pendrive. A Apple e a Microsoft entram em uma "disputa" comercial. A Apple lança o iPod e o Iphone, revolucionando o mercado de celulares e MP3 players. Os MP3 Players, MP4 Players, MP5 Players, Celular e a Câmera digital se tornam populares. Em 24 de abril de 2007, foi descoberto Gliese 581 c, o primeiro planeta possivelmente habitável fora do sistema solar. A nave Voyager 1 (lançada em 5 de Setembro de 1977) chega à heliopausa e ultrapassa os limites do sistema solar, tornando-se o primeiro objeto construído pelo homem a conseguir sair do sistema solar. Foi descoberto em 29 de Julho de 2005, o planeta-anão Éris, maior que Plutão. A descoberta motivou a redefinição do sistema solar, criando a categoria dos planetas-anões, dentro da qual foram incluídos Éris e Plutão, além do antigo asteróide Ceres. Esses planetas formaram um grupo separado dos planetas principais, que voltaram a ser oito. É concluído o Projeto Genoma 

 Ver também

História por períodos

História por continentes e países

Referências

  1. Durante estas lutas, centenas de senadores morreram, e o Senado Romano foi renovado com legalistas do Primeiro Triunvirato e depois do Segundo Triunvirato.
  2. Otávio Augusto oficialmente proclamou ter salvo a República Romana e cuidadosamente disfarçou seu poder sob formas republicanas: cônsules continuaram a ser eleitos, tribunos dos plebeus continuaram a servir a justiça, e senadores ainda debatiam na cúria romana. Porém, era Otávio, e cada um de seus sucessores após ele, quem influenciava tudo e controlava as decisões finais e, em última análise, tinha as legiões para garanti-lo, caso fosse necessário.